domingo, 24 de novembro de 2013

Eu sou a tua imagem desfigurada




Eis que vens ao meu encontro, por tanto tempo te esperei, e tu aparece quando não há mais tempo. Não ignoro a tua presença, pois ela me sustenta, muito menos hei de negar a tua ausência. 

Prefiro anular-me a ter que reviver tempos maculados pelo desprezo da espera que nunca espera. Tu retornas ao sabor de uma infância consumada, mas que resistiu ao tempo, implacável.

 Ide! Ide! deposite teu veneno sobre mim! Mereço tudo de vós até o porvir, mas saiba que este sangue eivado te pertence e ainda roga pelo nada que tu ainda possui.

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